quinta-feira, 5 de maio de 2016

Os Estrangeiros Mainstream e o Espanhol

Com o chegar do Verão, amontoam-se os estrangeiros na cidade de Lisboa. E existem dois tipos de estrangeiros:

1) O Estrangeiro Mainstream - Aquele que vem sobretudo no Verão. Sobretudo inglês.


2) O espanhol - O espanhol é aquele estrangeiro, que já não é bem estrangeiro. É como aquele amigo que vai lá a casa beber uma cerveja ou chupar umas cabeças de gamba. O espanhol é aquele amigo que não admite que se fale outra língua que não a dele. O espanhol é um estrangeiro bastante sensível e bastante desinteressado daquilo que o rodeia. O espanhol quando vem a Portugal é aquele anuncio do "vá para fora, cá dentro". No fundo, o espanhol não é um óptimo actor que transparece não saber português apesar de cá vir 10 vezes por ano, mas sim alguém alheado do que acontece à sua volta. Ele chega à Padaria Portuguesa de Campolide e não sabe nada em português porque pensa estar em "El Granada". 

Mas o espanhol não é só isto. Não. O espanhol tem uma característica que o torna diferente dos restantes estrangeiros: vem quando ninguém mais vem. Épocas como as da Páscoa, Fevereiro, Março... É a época do espanhol. Se querem ir à rua e pensar que estão em Sevilha, vão a um Centro Comercial nesta altura. É óptimo. Aprende-se bastante.

Por sinal, o espanhol é um estrangeiro avesso às novas tecnologias. Ele não sabe o que é um mapa, muito menos um Google Earth e insiste em perguntar em Espanhol World Class, onde é que fica o WC. É nessa altura que nós portugueses nos sentimos extremamente chateados com aquela pessoa que vem mais vezes ao nosso país que o primo João que mora em França e tem cá a filha, mas que mesmo assim não consegue falar uma palavra em português.

No final deste tipo de conversas é costume o espanhol (se for uma versão mais avançada) dizer "obrigado". Algo que nos dá a sensação de sEle perguntou tudo em espanhol, mas no final disse-me "obrigado"! É o equivalente ao filme dos Ocean's Eleven quando o super-ladrão confidencia ao Brad Pitt que está escondido em Portugal (ou algo assim). Que poder imenso nos é dado por esse espanhol amável que se vergou à língua portuguesa!
uperioridade e de poder.

Mas o Estrangeiro Mainstream por norma é amável, de bom-trato e tem a pele de quem acabou de se raspar contra o cu de um macaco de rabo vermelho. Mas também ele tem gente pouco amável, como a senhora inglesa que me perguntou onde ficava o metro.

Senhora: Portuguese people and communication... Well...
Eu: You can turn in that street and then...
Senhora: Street? That is not a Street. Is a hall.
Eu: ... You can turn in that hall, then right, then left, then vais te perder is the metro. Welcome. 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"Fast-food Gourmet" - A Comida de Plástico que brilha no escuro



A sério vamos parar com a ideia de abrir infinitos franchises de fast-food gourmet. Se o fast-food era comida de plástico, o "fast-food gourmet" é comida de plástico que brilha no escuro.

Agarrar num prego e pô-lo num prato de sopa, não faz desse prato um "prego Gourmet".
Um hamburguer era fast-food até que alguém teve a ideia de o colocar num prato espetado num palito. Não é gourmet. É só uma boa ideia para o hambuguer não se esbardalhar quando vai para a mesa.

Outra coisa, lá por agarrarem numa "Madalena" e porem bocado de chocolate lá dentro, embrulhando-a num papel de cor fuschia, não faz desse bolo um muffin que custa quase 5€. Vocês são é parvos.

E para finalizar, já paravam com os "tempos de confecção". Fast-food é fast-food. Sempre foi mexelhenga de plástico. Agora deram para dizer que há "fast-food", "not so fast-food" e agora o "slow". No fundo o que nos estão a dizer é "queres emborcar coisas que te vão rebentar o organismo dentro de alguns anos ou queres emborcar coisas que te vão rebentar o organismo dentro de alguns anos, mas que são confeccionadas de maneira mais lenta?"

Parem com isso, vá.


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Música e a Pen do David Guétta

Estou a escrever este texto com um saco de vómito ao lado. Estou a ver o Rock in Rio e nunca se deve subestimar o poder dos Xutos & Pontapés ao cantarem "Ai se ele cai". Não me interpretem mal, eu gosto dos Xutos & Pontapés. Aqueles que tocaram até 1998.


Mas eu preocupo-me mais com coisas realmente importantes. Como o facto do David Guétta ter cancelado uma Tour porque perdeu a Pen.
Ainda não sabiam disto? Juro, o David cancelou a Tour porque perdeu a Pen.
E depois ainda me dizem que os DJ's fazem música ao vivo e todas essas coisas. Isto faz tanto sentido como eu cancelar o meu almoço durante uma semana porque o Microondas foi para arranjar.
Se o David cancela concertos por ter perdido a Pen, então o que ele faz (tendo em conta ainda a minha ideia do microondas) é pôr o botão no Grill, pôr o temporizador na hora e meia e ficar a olhar para o queijo a derreter, enquanto olha para a assistência e diz "sei ou não sei cozinhar?". Sabes, David, sabes. Pelo menos aquele arroz instantâneo do Continente que sabe a plástico, sabes.

Se ele for assim com tudo, pensa para si próprio que só faz sexo com a mulher quando ela se diverte sozinha com o dildo que lhe ofereceu nos anos.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O pessoal que trabalha em fast-food tem de parar com isto!



Eu sei que não encontraram o avião da Malásia, o Monstro de S. João da Pesqueira, nem a Maddie e que o Benfica foi campeão e que o barbudo ganhou a Eurovisão. Mas não conseguia dormir, sem vos falar sobre este flagelo que é o colocar das batatas em cima dos guardanapos.

O colocar das batatas em cima dos guardanapos, sim. Passo a explicar: Entramos num restaurante de fast-food, fazemos o pedido, eles começam a fazer o pedido, tiram o tabuleiro, colocam os guardanapos no tabuleiro, trazem o hamburguer e depois colocam as batatas com muito cuidado... em cima dos guardanapos.

A frequência com que isto acontece é tanta que eu começo a achar que existe uma directiva específica para esta situação que é dada a conhecer no momento da formação do trabalhador de fast-food. Se eu quisesse encher os guardanapos com o óleo das batatas, ia ao Burguer Ranch e limpava a boca com o papel do hamburguer!
A frequência com que isto acontece é tanta que eu começo, sinceramente, a achar que na tabela salarial do trabalhador de restaurante de fast-food existe uma tabela com o seguinte:

- Salário Base
- Prémio Pontualidade
- Prémio do número de pacotes oleosos de batata colocados em cima dos guardanapos dos clientes

Eu, por norma, não resisto a afastar os guardanapos ou a dobrá-los para ficarem num dos lados do tabuleiro, escondendo assim a hipótese do mal-feitor-trabalhador-de-fast-food colocar as batatas em cima. E, por norma, a reacção que obtenho é a de total desaprovação da parte do trabalhador. Olhando-me com ar de poucos amigos, como se, lá está, lhe tirasse ali parte do prémio que vem com o salário. 
Por isso, quando o faço, torna-se tudo um pouco um filme de espionagem. Tenho de conseguir tirar os guardanapos exactamente na altura em que o trabalhador se desloca lá atrás para ir tirar as batatas para o pacote. Chego a ter suores frios com medo de ser apanhado. 
Ás vezes os colegas que estão a atender nas caixas ao lado vêm.

Atenção. Muita atenção. E parem com isto. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Boa sorte Helena Costa, obrigado Shakira



Portugal está de parabéns!
Calma, não tem nada a ver com a Shakira ter vindo filmar um videoclip a Portugal. Que louco não é? Alguém filmar alguma coisa em Portugal? Para o pessoal que andou distraído, posso assegurar que já se gravaram diversas coisas em Portugal, já depois das aventuras do Arquitecto Taveira.

Portugal está de parabéns (dizem) porque Helena Costa será a primeira mulher a treinar um clube masculino profissional. E temos pena, mas não tenho qualquer opinião sobre isso. Fui pesquisar e ela vai treinar o Clermont da Segunda Divisão Francesa.
Espero ansiosamente pelo dia em que uma mulher treinará o Zamalek no Egipto (ah, escreve-se EGITO - o raio que vos parta). Se isso acontecer, vai ser a estadia mais curta de uma treinadora num clube. Ao fim da segunda conferência de imprensa, já foi trocada por dois camelos e três frascos de areia virgem do Saara.

Com sorte a Helena Costa faz um "vistaço" lá por França e acabamos com a Merkel à frente da Selecção Alemã. O que eu não dava para ver a Merkel em fato-de-treino e a fazer gestos bruscos, enquanto grita para "meter" nas costas dos portugueses.

Agora vão lá à procura do vídeo da Shakira e digam-me lá se não ficámos bem naquilo. Agora é esperar que Ana Malhoa não se fique e parta para um vídeo todo "Turbinado" na rua do Técnico.

Querem desenterrar a Maddie, mas viva


Agora deram para desenterrar a Maddie. A polícia continua a fazer buscas e parece que faltam apenas as autorizações para começar a escavar nas praias e em alguns outros locais.
Mas os pais e os envolvidos continuam a dizer que o inspector "tuga" está errado quanto ao falecer da pobre criança. Se a Maddie não morreu e vão começar a escavar para a encontrar, se derem com ela é bom que comecem a pensar num prémio para o maior fôlego do mundo.

E os cães? Parem com os cães. Já levaram tantos cães a cheirar aquela rua que já vai na 3ª volta da União Zoófila. E passados tantos anos o que é que os cães vão cheirar? "Ah, é o odor a cadáver." E quantas vezes os cães vão andar enganados com os sovacos das bifas de terceira idade que ali passam férias?

E o gajo do retrato que a PJ fez? Também está enterrado? Com sorte se começarem a escavar na Praia da Luz e só pararem em Alcácer-Quibir, ainda encontram o D. Sebastião. Com sorte encontram o avião da Malásia. Ponham a GALP a patrocinar as perfurações. Se não se encontrar a miúda sempre se encontra petróleo.

Parem com isso. É só parvo.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A minha teoria sobre o Assassino-bigodaças

Tenho olhado para isto de uma forma diferente da polícia. Já lá vão uma data de dias (semanas?) desde que Manuel Baltazar esbardalhou quase a família inteira porque era um tipo com mau-feitio.
Mau-feitio: Foi o que um dos vizinhos disse. "Ele sempre foi um homem com mau-feitio." Mau-feitio tenho eu quando acordo de manhã e não sei em que parte da almofada acaba o vomitado da noite anterior, e não saio da cama de espingarda em punho, a espingardar tudo o que é família cá em casa.

Manuel Baltazar: um tipo com mau-feitio e uma bigodaça que lhe permite passar despercebido.
Com o tempo que a polícia está a levar para apanhar este homem, não lhe deviam dar a alcunha de "Monstro", mas de "Rambo". Mas o Godzilla de São João da Pesqueira já foi visto a comprar pão. Já foi visto a pedir um telemóvel. Já foi visto a pedir comida. Já foi visto a pedir bebida. Começo a acreditar que os únicos que ainda não o viram foi a polícia.
A minha teoria é que Manuel Baltazar continua a fazer a sua vida normal. Vai ao supermercado, vai ao barbeiro, vai à papelaria comprar tabaco, vai à Casa da Sorte ver se tem alguma coisa na Lotaria Clássica, continua a beber minis no tasco da aldeia, etc. Só que faz tudo isso de gatas. E como a polícia anda a cavalo olha sempre por cima do Manel que passa agachado.